Pessoal
O governo vai tributar o rendimento da caderneta de poupança a partir de 2010 para saldos acima de 50 mil reais.
Esta medida tem como objetivo de evitar grandes migrações de aplicações para esse investimento e abrir espaço a quedas adicionais da taxa Selic.
Dra Ana Carolina
quinta-feira, 21 de maio de 2009
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Boa tarde doutora. Qual a medida jurídica aplicável contra isto ? Tenho uma poupança considerável e tenho medo do confisco. O Collor já tirou a minha poupança, agora o Lula??
ResponderExcluirObrigado.
Gaúcho rico.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirolá segue algumas informações a respeito
ResponderExcluirO objetivo do governo foi resolver o problema criado com a queda na taxa de juros. A poupança rendia 6,17% ao ano e as outras não. Se os juros caem e a poupança continua rendendo as outras aplicações podem ser prejudicadas.
O governo vai controlar a cobrança pelo número do CPF de cada um. Então, mesmo que vc tenha contas diferentes, o CPF será o mesmo e haverá cobrança do imposto. Assim mesmo que você tenha numa cardeneta de poupança R$ 20.000,00 e em outra R$ 40.000,00 , o tributo será cobrado somente pelo excedente, qual seja , sobre os R$ 10.000,00. É como se houvesse uma faixa de isenção de R$ 50.000,00.
Essa medida tem um discurso de que está preservando as aplicações dos pequenos investidores, porém se a taxa de juros cair mais, inevitavelmente o governo terá que reduzir o rendimento da caderneta de poupança para todo mundo.
Não seria melhor, ao invés de tributar a poupança, diminuir os encargos de outras aplicações financeiras para evitar fuga de investidores? R: essa solução também não seria definitiva, pois se os juros caírem muito, os juros fixos da poupança voltam a ser um problema. A única saída definitiva, do ponto de vista técnico, é acabar ou diminuir os juros fixos da poupança.
O imposto da caderneta, para a grande maioria, vai ser cobrado na declaração anual do Imposto de Renda. Os bancos vão informar quanto foi o rendimento da caderneta e a gente vai incluir esses dados no IR. O programa da Receita fará os cálculos.
A Poupança vai continuar sendo o melhor investimento? R: a poupança vai render menos. Mas todas as outras aplicações também vão. A poupança foi pensada para pequenos investidores que querem uma aplicação garantida, simples e não pretendem correr risco. Investidores que querem receber juros mais altos, fazem aplicações mais arriscadas. A poupança deve continuar garantida em caso de quebra do banco, mas é bom lembrar que só até o limite de R$ 60.000,00. O que estiver acima disso, não está garantido.
As aplicações de baixo risco são a caderneta e CDBs, entre as aplicações mais comuns. Os fundos atrelados à taxa de juros são considerados conservadores, mas não têm garantia contra a quebra de bancos.